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26 junho 2025
Renan dos Santos Gomes
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Categories: Blog

A transição estratégica para Plataformas de SecOps Unificadas

No atual cenário de negócios, digitalmente acelerado e interconectado, a resiliência cibernética deixou de ser uma preocupação exclusiva da área de TI para se tornar um pilar fundamental da estratégia corporativa e da continuidade operacional.

Os executivos brasileiros enfrentam uma dupla pressão: por um lado, a necessidade de inovar e adotar tecnologias de nuvem, IoT e automação industrial para manter a competitividade; por outro, a crescente sofisticação de adversários cibernéticos que exploram precisamente essa nova complexidade.

Os ataques multi-vetoriais, que se movem lateralmente entre ambientes de Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia Operacional (OT), tornaram-se a norma, expondo as fragilidades de modelos de segurança tradicionais e fragmentados.

Neste artigo abordo a necessidade crítica de uma mudança de paradigma na forma como as organizações concebem e implementam as suas operações de segurança (SecOps). A dependência de ferramentas pontuais e isoladas, incluindo o antigo e tradicional SIEM e a Detecção e Resposta de Rede (NDR) tradicional, cria perigosas lacunas de visibilidade e atrasos na resposta que os atacantes modernos exploram com eficácia. A solução reside na adoção de plataformas de SecOps genuinamente unificadas, construídas sobre um núcleo de NDR robusto, que oferecem visibilidade total, correlação automatizada e um caminho objetivo para um retorno sobre o investimento (ROI) mensurável, capacitando as equipes de segurança a protegerem os ativos mais críticos da empresa com velocidade e precisão.

O cenário de ameaças em evolução e os desafios das abordagens tradicionais

A superfície de ataque das empresas modernas expandiu-se de forma exponencial. A migração para a nuvem, a proliferação de dispositivos de trabalho remoto e a convergência entre redes de TI e OT criaram um ecossistema híbrido, distribuído e intrinsecamente complexo. Os adversários cibernéticos evoluíram em paralelo, abandonando ataques de força bruta em favor de campanhas persistentes e de baixo ruído. Estas ameaças avançadas são projetadas para contornar as defesas de perímetro, como firewalls, e as soluções de endpoint, estabelecendo uma presença discreta dentro da rede. Uma vez no interior, o seu objetivo é o movimento lateral: mover-se de sistema em sistema, escalar privilégios e, eventualmente, alcançar os seus objetivos, seja a exfiltração de dados sensíveis, a disrupção de operações industriais ou a implantação de ransomware. Este modus operandi torna a visibilidade do tráfego interno da rede (leste-oeste) não apenas importante, mas absolutamente crítica.

Diante deste desafio, a abordagem de segurança predominante em muitas organizações revela-se perigosamente inadequada. Historicamente, a segurança cibernética foi construída sobre uma filosofia de “melhor da categoria”, onde as empresas adquirem ferramentas especializadas para cada domínio: um firewall de um fornecedor, uma solução de proteção de endpoint (EDR) de outro, um gateway de segurança na nuvem de um terceiro, e assim por diante. Embora cada uma destas ferramentas possa ser excelente na sua função específica, a sua operação em silos isolados cria o problema fundamental da segurança moderna. As equipes do Centro de Operações de Segurança (SOC) são inundadas por um dilúvio de alertas provenientes de múltiplas soluções e consoles de gerenciamento, cada um desprovido do contexto dos outros. O trabalho de um analista transforma-se numa tarefa hercúlea e manual de “costurar” estes pontos de dados díspares para tentar reconstruir a cadeia de um ataque. Este processo não é apenas ineficiente e propenso a erros; é fatalmente lento. A latência introduzida pela correlação manual é a janela de oportunidade de que um atacante precisa para causar danos irreparáveis. A proliferação de ferramentas pontuais, em vez de fortalecer a segurança, acaba por aumentar a complexidade, sobrecarregar as equipes e, paradoxalmente, enfraquecer a postura de defesa geral da organização.

O papel e as limitações da Detecção e Resposta de Rede (NDR) tradicional

Neste contexto, a Detecção e Resposta de Rede (NDR) emergiu como uma tecnologia vital. A sua premissa é preencher uma lacuna crítica deixada pelas defesas de perímetro e de endpoint: a vigilância do tráfego de rede em tempo real. As soluções de NDR são projetadas para monitorar continuamente o tráfego que flui tanto para dentro e para fora da organização (norte-sul) quanto, mais importante, entre os sistemas internos (leste-oeste).

Utilizando técnicas avançadas como a inspeção profunda de pacotes (DPI) e a análise de comportamento baseada em machine learning, as ferramentas de NDR podem identificar atividades maliciosas que, de outra forma, passariam despercebidas. Ela é capaz de detectar os “sussurros” sutis de um ataque em andamento — como tentativas de login repetidas a partir de uma localização geográfica invulgar, padrões anômalos de acesso a servidores críticos, ou as técnicas que um atacante utiliza para escalar privilégios. A força do NDR reside na sua fonte de verdade: o tráfego de rede, que está sempre em movimento e não mente, revelando padrões que os dados de log estáticos, frequentemente utilizados por sistemas SIEM, podem não capturar.

No entanto, a mesma sofisticação dos ataques que tornou a NDR necessária também expôs as suas limitações quando implementada como uma solução pontual e isolada. Uma ferramenta de NDR tradicional, por mais poderosa que seja, opera confinada ao seu próprio domínio. Ela gera alertas valiosos sobre a atividade da rede, mas esses alertas carecem de contexto crucial de outras partes do ecossistema de TI. Por exemplo, a NDR pode detectar um fluxo de dados “estranho” de um servidor para um destino externo, mas sem correlação com os dados do endpoint (EDR), é impossível saber qual processo nesse servidor iniciou a comunicação. Sem dados de identidade, é difícil determinar se o utilizador associado a essa atividade estava legitimamente autenticado. Esta falta de correlação de dados com outras plataformas leva novamente as equipes  de segurança a regressar ao ciclo vicioso da correlação manual, saltando entre a console da ferramenta de  NDR, a console do EDR e os logs do sistema de identidade para montar o quebra-cabeças.

Esta arquitetura isolada não só perpetua a ineficiência operacional, como também cria pontos cegos nas “costuras” entre as diferentes ferramentas de segurança — precisamente os pontos que os atacantes mais experientes procuram explorar.

Mudando o Paradigma: Saindo das “Pilhas Frankenstein” para as Plataformas de SecOps Unificadas

A indústria da segurança reconheceu as falhas do modelo de silos e respondeu com a promessa de “plataformas integradas”. Contudo, é imperativo que os executivos compreendam a distinção crítica entre plataformas verdadeiramente unificadas e o que pode ser descrito como “pilhas Frankenstein”. Muitos fornecedores, através de uma série de aquisições, agruparam produtos díspares sob uma única marca, comercializando-os como uma plataforma coesa. Na realidade, estas soluções são frequentemente conjuntos mal integrados que mantêm pipelines de telemetria separados, data lakes distribuídos e modelos de deteção inconsistentes. Para um analista de segurança, a experiência é fragmentada, exigindo a navegação entre múltiplas interfaces que, na melhor das hipóteses, partilham um esquema de cores comum. A fricção operacional persiste em cada etapa do fluxo de trabalho do SOC, desde a triagem de alertas até a análise de causa raiz e à resposta, neutralizando os benefícios prometidos pela integração.

Uma abordagem genuinamente unificada, como a proposta inovadora da Stellar Cyber, inverte fundamentalmente este modelo. Em vez de tentar partir do princípio da ferramenta de NDR a uma pilha de segurança existente, a plataforma foi construída deste da sua concepção sobre um motor de uma ferramenta de NDR robusta como o seu núcleo central.

Este motor ingere e inspeciona pacotes de rede brutos, dados de fluxo e metadados nas camadas 2 a 7 do modelo OSI. Sobre esta fundação de visibilidade do trafego de rede, outras capacidades essenciais de segurança — como a deteção comportamental baseada em machine learning, integração com plataformas de Threat Intelligence para dar contexto aos dados analisados, análise em uma malware sandbox dos arquivos trafegados na rede para detectar ameaças de zero day e análise do trafego de rede por um IDS — são integradas nativamente.

O verdadeiro diferencial, no entanto, reside na forma como os dados são processados. Toda a telemetria, independentemente da sua origem — seja da rede, de EDRs de terceiros, de firewalls, de provedores de identidade ou de nuvens públicas — é normalizada integralmente, enriquecida num formato de dados unificado e ingerida em um data lake.

Os eventos são então correlacionados automaticamente em tempo real através de um modelo sofisticado e são apresentados através de um Graph Machine Learning para mostrar de forma visual como tudo que foi detectado se relaciona no contexto da ameaça, mapeando as relações entre eventos aparentemente díspares para construir incidentes de alta fidelidade. Esta convergência de lógica de deteção, correlação em tempo real e automação sensível ao contexto numa única console e num único data lake elimina os silos e a complexidade, permitindo que as equipes  de segurança passem do alerta à ação com uma velocidade e confiança sem precedentes.

Da visibilidade total em ambientes híbridos de TI e OT

A eficácia de qualquer estratégia de segurança é diretamente proporcional à profundidade e amplitude da sua visibilidade. Não se pode proteger o que não se pode ver. Uma plataforma de SecOps unificada, com um forte núcleo de NDR, alcança um nível de visibilidade superior ao combinar a profundidade da análise de rede com a amplitude do contexto de todo o ambiente híbrido.

Tecnicamente, isto começa com a capacidade de ingerir e analisar uma vasta gama de dados de rede, incluindo pacotes brutos (full packet capture – PCAP), dados de fluxo (NetFlow, sFlow, etc.) e metadados de aplicações nas camadas 2 a 7. Em ambientes empresariais modernos, onde o débito de rede é elevado, a capacidade de processar este volume de dados a velocidades superiores a 10 Gbps por sensor é um requisito fundamental. Funcionalidades como a captura total de pacotes com “reidratação” baseada no tempo são inestimáveis, permitindo que os analistas recuem no tempo para investigar incidentes históricos com o mais alto grau de detalhe forense, como se estivessem a observar o tráfego ao vivo.

A visibilidade abrangente é ainda garantida pela flexibilidade na implementação de sensores, que devem poder ser instalados em redes físicas, ambientes virtualizados e infraestruturas nativas da nuvem, garantindo que não existem pontos cegos, independentemente de onde os dados residem ou transitam. No entanto, a visibilidade por si só, sem contexto, é apenas ruído.

A verdadeira força da abordagem de plataforma unificada reside na sua capacidade de fundir esta profunda visibilidade da rede com a telemetria de todas as outras fontes críticas de segurança. Ao normalizar e correlacionar dados de endpoints (EDR), aplicações na nuvem (SaaS), sistemas de identidade (como o Active Directory) e firewalls num único local, a plataforma constrói um contexto rico em torno de cada evento.

Um alerta de rede sobre um download de um arquivo suspeito torna-se exponencialmente mais valioso quando automaticamente correlacionado com o utilizador que iniciou a sessão, o processo no endpoint que realizou o download e as permissões de acesso desse utilizador. Uma muralha forte de NDR é crítica, mas sem a correlação contextual completa e as operações centralizadas fornecidas por uma plataforma unificada, o ambiente permanece vulnerável e exposto a ameaças que exploram as costuras entre as ferramentas de segurança isoladas.

O impacto estratégico de uma Plataforma Unificada

A adoção de nova tecnologia deve ser justificada por um claro valor de negócio e um sólido retorno sobre o investimento. Uma plataforma de SecOps unificada oferece benefícios tangíveis que vão muito além da simples melhoria técnica.

Em primeiro lugar, aborda diretamente o desafio universal de “fazer mais com menos”. O modelo de um “SOC autônomo operado por humanos” utiliza a automação e a inteligência artificial não para substituir os analistas, mas para amplificar as suas capacidades.

A plataforma assume as tarefas de baixo valor e grande volume: ingere e normaliza dados, prioriza e realiza a triagem de ameaças automaticamente, filtra a esmagadora maioria dos falsos positivos através de análises comportamentais e, finalmente, apresenta aos analistas apenas incidentes de alta fidelidade, já enriquecidos com todo o contexto relevante. Isto liberta os especialistas, que permanecem no controle do processo de decisão, para se concentrarem na investigação de ameaças confirmadas e na orquestração de respostas estratégicas, em vez de se afogarem no ruído dos alertas.

Sem dúvida, há uma redução direta nos custos operacionais (OpEx) através da consolidação de ferramentas, da diminuição das taxas de licenciamento e manutenção de múltiplos produtos, e da redução do tempo e custo de formação em diversas plataformas. Mais importante ainda, há um aumento drástico na eficiência do SOC, medido pela redução do Tempo Médio para Detectar (MTTD) e do Tempo Médio para Responder (MTTR). Reduzir o tempo de permanência de um atacante na rede diminui exponencialmente o risco de uma violação de dados catastrófica, cujos custos — financeiros, reputacionais e regulatórios — podem ser devastadores.

A melhoria da postura de segurança, com menos falsos positivos e uma deteção mais precisa, traduz-se numa redução do risco cibernético global. A validação do mercado para esta abordagem é clara: dados do Gartner indicam que o mercado de NDR cresce a uma taxa de 18% ao ano, com um reconhecimento crescente da sua interligação com o ecossistema SOC mais amplo (XDR, SIEM, SOAR). A nomeação de empresas como a Stellar Cyber como “Challenger” no Quadrante Mágico da Gartner, com destaque para a sua estratégia de produto unificada e profundidade de integração, reforça a viabilidade e a urgência desta transição estratégica.

As ameaças são constantes e a ação deve ser agora!

A paisagem e o futuro de ameaças cibernéticas não irá tornar-se menos complexa. A dependência de infraestruturas digitais híbridas só irá aumentar. Continuar a operar com uma estratégia de segurança fragmentada, baseada em ferramentas isoladas, é uma aposta insustentável que deixa a organização exposta a riscos inaceitáveis.

A transição de soluções pontuais, como a NDR tradicional, para uma plataforma de SecOps aberta e genuinamente unificada não é apenas uma atualização tecnológica; é uma evolução estratégica essencial para a sobrevivência e prosperidade no século XXI.

Ao centralizar a visibilidade, automatizar a correlação e capacitar as equipes  humanas com inteligência artificial de verdade, as empresas brasileiras podem transformar os seus Centros de Operações de Segurança de centros de custo reativos em motores de resiliência de negócio proativos.

As lideranças de segurança das empresas têm a responsabilidade e a oportunidade de abandonar as “pilhas Frankenstein” do passado e adotar uma abordagem unificada que oferece não só uma defesa superior, mas também eficiência operacional, escalabilidade e um claro retorno sobre o investimento, garantindo que a organização esteja preparada para os desafios cibernéticos de hoje e de amanhã!

Por Airton Coelho – CTO Future

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