Risco cibernético é a principal preocupação da indústria de aviação, aponta pesquisa

O avanço dos controles digitais em diversas indústrias tem gerado preocupação entre as empresas devido a possibilidade de ataques cibernéticos. E o setor de aviação é um dos mais vulneráveis. De acordo com pesquisa realizada, neste ano, o risco dessa indústria de sofrer ataques cibernéticos subiu para 69%. Na pesquisa anterior, realizada em 2015, essa probabilidade era de 54%.

Hoje, o risco de uma ciberataque é a principal preocupação dos executivos em companhias de transporte aéreo de cargas e passageiros. Em segundo lugar, está o risco de interrupção dos negócios, seguido pelo risco de grandes falhas em projetos.

De acordo com Mauricio Bandeira, o crescimento da percepção do risco está diretamente relacionado ao desenvolvimento tecnológico constante e ao aprimoramento das técnicas dos criminosos.

“Com o avanço dos controles digitais dos sistemas, os hackers têm a possibilidade de causar danos cada vez maiores, a distância”, explica Bandeira. “No setor de aviação, o medo dos executivos, controladores de voo e pilotos é que ciberterroristas possam ameaçar todo o sistema e paralisar as operações das empresas”, completa.

No ano passado, o gasto médio por incidente chegou a US$ 9,5 milhões, um crescimento de 24% na comparação com 2015. Um estudo de 2016 da European Aviation Security Agency mostra que o setor de aviação sofre cerca de mil ataques cibernéticos por mês.

Por isso, de acordo com a pesquisa, 57% das empresas na indústria de aviação já possuem ou pretendem contratar nos próximos três anos uma apólice de seguros contra risco cibernético.

Enquanto o risco aumenta, a preparação do setor para lidar com ele também vem crescendo. Em 2015, o nível de resposta da indústria de aviação ao risco cibernético era de 60%. Neste ano, é de 66%. Dessa forma, as perdas de receita relacionadas ao risco também caíram: de 28%, em 2015, para 18%, em 2017.

Com uma melhor preparação para lidar com o risco cibernético, a expectativa dos empresários do setor é que, nos próximos anos, ele não esteja mais no topo das preocupações. “A previsão dos executivos de aviação é que o risco cibernético desça para a terceira colocação em um período de três anos”, diz Maurício Bandeira.

Isso não significa que o número de ataques cibernéticos irá diminuir, mas que a indústria estará mais preparada para lidar com suas consequências. “Muitas empresas do setor já possuem seguros para mitigar o risco financeiro relacionado a ataques cibernéticos. Mesmo assim, é preocupante que 43% delas não tenham essa proteção e não pretendam contratar”, alerta Bandeira.

Em maio deste ano, um vírus ransomware WannaCry atingiu sistemas de computação em 179 países do mundo. Entre as afetadas, estavam também empresas do setor de aviação. Nesse caso, os hackers se aproveitaram da vulnerabilidade de redes desatualizadas para criptografar dados de computadores e cobrar resgates em troca da liberação.

Mais tarde, em junho, um novo vírus, o Petya, também teve repercussão mundial. Alguns dos danos mais graves foram registrados na Ucrânia. O Aeroporto Internacional de Kiev, Boryspil, foi um dos atacados. A princípio, as autoridades imaginavam que se tratava da mesma modalidade de crime, mas depois descobriram que o vírus, na verdade, era um wiper, malware que tem o objetivo de provocar a destruição do acesso a computadores sem nem mesmo exigir nenhum resgate.

O especialista observa que, embora seja improvável para que esses ataques deixem de ocorrer, as empresas brasileiras em geral ainda não estão totalmente conscientes do alto risco a que estão expostas. Um estudo da Lloyd’s aponta que São Paulo é a terceira cidade do mundo mais vulnerável ao risco cibernético, atrás apenas de Nova York e Los Angeles, a frente até mesmo de Paris e Londres.

Fonte? ComputerWorld.

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Técnica que oculta informações roubadas em imagens é cada vez mais usada entre hackers

Durante a análise de diversas campanhas de espionagem e crimes virtuais, pesquisadores identificaram uma nova tendência preocupante: hackers estão usando cada vez mais a esteganografia, a versão digital de uma técnica antiga para ocultar mensagens em imagens de modo a encobrir as pistas de sua atividade maliciosa no computador invadido.

Recentemente, foram descobertas várias operações de malware voltadas à espionagem virtual e diversos exemplos de malwares criados para roubar informações financeiras que utilizam essa técnica.

Da mesma forma que nos ataques virtuais direcionados típicos, o agente da ameaça, depois de invadir a rede atacada, se estabelece e coleta informações valiosas para depois transferi-las para o servidor de comando e controle (C&C). Na maioria dos casos, as soluções de segurança confiáveis ou as análises de segurança feitas por profissionais são capazes de identificar a presença do agente da ameaça na rede em cada estágio do ataque, inclusive durante a extração de dados. Isso porque, durante a extração, são deixados rastros, como o registro de conexões com um endereço IP desconhecido ou incluído em listas negras. No entanto, quando se usa a esteganografia, a tarefa de detectar a extração de dados torna-se complicada.

Nesse cenário, os usuários maliciosos inserem as informações que serão roubadas diretamente no código de um arquivo comum de imagem ou de vídeo, que é então enviado para o servidor C&C. Dessa forma, é pouco provável que esse evento acione qualquer alarme de segurança ou tecnologia de proteção de dados. Após a modificação pelo invasor, a própria imagem não é alterada visualmente; seu tamanho e a maioria dos outros parâmetros também permanecem iguais e, assim, ela não seria motivo de preocupação. Isso torna a esteganografia um método lucrativo para os agentes mal-intencionados como opção de extração de dados de uma rede invadida.

Nos últimos meses, os pesquisadores observaram pelo menos três operações de espionagem virtual que utilizam essa técnica. E, mais preocupante, ela também está sendo ativamente adotada por criminosos virtuais regulares, além dos agentes de espionagem virtual. Os pesquisadores detectaram sua utilização em versões atualizadas de cavalos de Troia como o Zerp, ZeusVM, Kins, Triton e outros. A maioria dessas famílias de malware, de modo geral, visa organizações financeiras e usuários de serviços financeiros. Isso pode ser um indício da iminente adoção dessa técnica em grande escala pelos criadores de malware, o que tornaria a detecção do malware mais complexa.

“Embora não seja a primeira vez que observamos uma técnica maliciosa originalmente usada por agentes de ameaças sofisticadas encontrar espaço no cenário do malware convencional, o caso da esteganografia é especialmente importante. Até o momento, não foi descoberta uma forma segura de detectar a extração de dados conduzida dessa maneira. As imagens usadas pelos invasores como ferramenta de transporte das informações roubadas são muito grandes e, embora haja algoritmos que poderiam indicar o uso da técnica, sua implementação em grande escala exigiria enorme capacidade de computação e seus custos seriam proibitivos”, explica Alexey Shulmin, pesquisador de segurança.

Por outro lado, observa o pesquisador, é relativamente fácil identificar uma imagem “carregada” com dados sigilosos roubados pela análise manual. Esse método, no entanto, tem limitações, pois um analista de segurança seria capaz de analisar um número muito limitado de imagens. “Talvez a resposta esteja na mistura dos dois. Em nossos Laboratórios, usamos uma associação de tecnologias de análise automatizada com o conhecimento humano para identificar e detectar esses ataques. Contudo, essa área ainda deve ser aperfeiçoada, e o objetivo de nossas investigações é chamar a atenção do setor para a questão e impor o desenvolvimento de tecnologias confiáveis, mas financeiramente viáveis, que permitam a identificação da esteganografia nos ataques de malware”, completa Shulmin.

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Fonte: ComputerWorld.

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Brasil está entre os cinco países que mais sofrem ataques cibernéticos no mundo

A informação sobre a importância da segurança online é cada vez mais difundida na sociedade, mas as pessoas continuam pouco atentas a seu comportamento em relação ao uso da internet e seus aplicativos. Isso somado ao crescente número de ataques cibernéticos, resulta em um ambiente vulnerável a sérios tipos de crimes.

Além dessa vulnerabilidade das pessoas físicas, as empresas também são fortes alvos dos hackers. De acordo com o relatório anual Norton Cyber Security Insights, 2016 foi um ano próspero para os hackers em todo o mundo, quando os ataques cibernéticos registraram uma alta de 10% em relação ao ano anterior. Apenas no Brasil, 42,4 milhões de pessoas foram afetadas, e o prejuízo total no país por conta desses ataques chegou a US$ 10,3 bilhões – R$ 32,1 bilhões.

Uma modalidade cada vez mais comum de crime é o sequestro de servidores. Hackers invadem computadores, principalmente de pequenas e médias empresas, deixam todos os dados indisponíveis e exigem um pagamento, feito em Bitcoin para devolver o controle das máquinas.

Segundo, André Miceli, professor do MBA de Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV) “as grandes empresas já dedicam uma parcela de seus orçamentos de tecnologia para segurança. Isso ainda não acontece nas pequenas e médias. Assim como no mundo ‘físico’, os criminosos procuram facilidade, então essas empresas acabam caindo nessa situação com mais frequência”.

Miceli afirma que o Brasil foi o quarto país com a maior quantidade de casos no mundo em 2016 e que esse número deve aumentar. Ainda segundo ele, uma questão que deve trazer muitos problemas nos próximos anos é a segurança de dispositivos conectados a carros, residências e até mesmo equipamentos de saúde.

O professor da FGV afirma que “nos próximos anos, certamente veremos a explosão do número de elementos conectados”. “Bombas de insulina, cardioversores, marca-passos estarão conectados. Aceleradores e pilotos-automáticos de automóveis, controles de casa como aparelhos de ar-condicionado e fogões também. Teremos mais oportunidades para invasões e certamente os criminosos irão aproveitá-las para fazer dinheiro”, diz Miceli.

Para evitar esse tipo de problema, o professor lista três principais ações:

  • Aprender sobre engenharia social – Você recebe um e-mail pedindo recadastramento de senha do seu banco ou outras confirmações de dados e preenche com seus dados, passando todas as informações para alguém mal-intencionado. Para se prevenir desse tipo de ataque, evite abrir e-mails de remetentes desconhecidos, configure o link aberto pelo e-mail que receber e verifique se ele é realmente da empresa que diz ter enviado a mensagem e não instale nada que não saiba a procedência em seu celular, computador ou qualquer outro equipamento.
  • Bloquear dispositivos e sites com senhas longas – Todos devem colocar senhas e bloqueio automático em seus dispositivos. Isso diminui a possibilidade de uso por terceiros caso haja roubo ou esquecimento. As senhas longas também são úteis, pois uma técnica muito utilizada é o ataque por força bruta. Neste caso, um programa testa individualmente todas as alternativas possíveis de senha. Por isso, quanto mais longa e mais caracteres especiais, mais difícil será o acesso.
  • Realizar backups frequentes – Uma ação contingencial que pode poupar muito trabalho e dinheiro é a realização de backups frequentes. Dessa maneira, se no pior caso você perder algo, será mais fácil recuperar arquivos é demais informações.

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Fonte: ComputerWorld.

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