Saiba o que é um ataque de dia zero e como se proteger

A segurança da informação é um tema que tem preocupado bastante as empresas, e uma das razões consiste no crescente volume de incidentes relatados e na dificuldade enfrentada pelas corporações para combatê-los.  

Se não houver um investimento relevante em soluções tecnológicas, capacitação da equipe e em conscientização dos funcionários, o risco de ser vítima destes incidentes é cada vez maior. Afinal, os métodos utilizados para roubar ou vazar informações institucionais ou pessoais estão cada vez mais ousados e sofisticados.  

Neste artigo, vamos destacar pontos que devem ser levados em consideração para combater e minimizar a possibilidade de sofrer um ataque de dia zero. Confira! 

O que é o ataque de dia zero?

Trata-se de um tipo de ataque virtual em que a vulnerabilidade explorada pelo atacante foi recentemente descoberta, e muitas vezes ainda não possui correção disponível (pacth). É comum que estas falhas sejam identificadas nos sistemas pelos próprios profissionais responsáveis por corrigi-las, mas algumas vezes são identificadas por cibercriminosos. 

Logo, a expressão “dia zero” se refere ao fato de que a vulnerabilidade foi recentemente descoberta. Assim, pode ser explorada por pessoas mal-intencionadas, fazendo com que os desenvolvedores tenham a obrigação de solucionar o problema o mais rapidamente possível, e que as equipes atualizem seus sistemas com igual celeridade, evitando desta forma a exploração dessa vulnerabilidade. 

Vale destacar que o ataque de dia zero pode abranger tanto softwares como hardwares.  

Como funciona um ataque de dia zero?

Como já dito, este tipo de ataque tem como principal característica o fato de os cibercriminosos explorarem vulnerabilidades recentemente descobertas, reduzindo a possibilidade de defesa.  

Não é fácil descobrir uma vulnerabilidade de dia zero, pois ela pode estar relacionada a problemas com armazenamento de credenciais de acesso, algoritmos danificados, entre outros, mas a indústria do cibercrime direciona seu foco para tal, pois sabem que a exploração deste tipo de falha aumenta sua chance de sucesso. 

Por outro lado, é igualmente difícil identificar um ataque deste tipo, uma vez que o sistema desprotegido não está preparado para reconhecê-lo. Ainda assim, é possível identificá-lo por meio da constatação de um aumento expressivo no tráfego de dados, do consumo de processamento, uso de memória, entre outros. Outra maneira de constatar esse ataque consiste em uma verificação suspeita com origem em um determinado serviço ou cliente.  

Também é muito importante ter conhecimento sobre as ameaças que podem ser responsáveis por esse tipo de ataque, bem como dos motivos para realizá-los. Pensando nisso, vamos descrever algumas destas ameaças. Acompanhe! 

Cibercriminosos

Nesse caso, a principal motivação é enriquecer de forma ilícita. Em outras palavras, a meta é ganhar dinheiro a partir do cibercrime, explorando as falhas que não foram identificadas antecipadamente pelos desenvolvedores. Lamentavelmente, é uma situação que tem se tornado comum no mundo digital.  

Espionagem corporativa

É comum que as companhias busquem informações sobre os concorrentes para agregar valor aos seus serviços, em busca de um rendimento acima das expectativas. A maioria delas utiliza métodos legais, como o benchmarking, mas infelizmente nem todas as empresas optam por um caminho adequado, o que favorece o fortalecimento da espionagem corporativa, que pode utilizar um ataque de dia zero como ferramenta.  

Guerra virtual

Algumas nações também são acusadas de explorar falhas desconhecidas para promover ataques cibernéticos. Com o avanço tecnológico tendo um peso cada vez maior, tanto na economia quanto no dia a dia de empresas e pessoas, o foco em obter dados estratégicos e acessos a sistemas de maneira fraudulenta tem sido cada vez maior por parte de países ou atores políticos.  

Hacktivista

Ao contrário de outros responsáveis por ataques de dia zero, os hacktivistas se caracterizam por realizar essa iniciativa por uma causa social. Isso pode envolver situações relacionadas com a proteção ao meio ambiente, o combate ao racismo, a defesa dos direitos humanos em diferentes partes do mundo, entre outros.   

Quais são os principais alvos dos ataques de dia zero?

Além dos responsáveis por essa modalidade de ataque, é recomendado ter um conhecimento sobre as soluções tecnológicas que podem ser vítimas dessa prática.  

Em geral, os cibercriminosos são capazes de encontrar falhas desconhecidas pelos desenvolvedores em sistemas operacionais, navegadores da Web, aplicativos do Office, entre outros. 

O ataque de dia zero também pode ser realizado em dispositivos IoT (Internet das Coisas), componentes de código aberto em hardwares e firmwares. Sem dúvida, isso mostra como essa ameaça virtual tem capacidade de atingir pessoas e empresas de maneira bastante impactante.   

Quais são os riscos dos ataques de dia zero?

Fazem parte dos prejuízos causados por esse tipo ataque as perdas financeiras, sejam diretas ou indiretas, e de credibilidade. É muito ruim para uma instituição, independentemente do segmento em que atua, estar vinculada a condutas inadequadas no cuidado com as informações dos stakeholders

Também é válido ressaltar que um ataque de dia zero pode levar muito tempo para ser identificado (dias, semanas, meses e até anos). Ou seja, é um problema que pode prejudicar o desempenho corporativo de forma prolongada. Dependendo da situação, reverter o dano pode ser inviável, fazendo com que a empresa seja obrigada a fechar as portas.  

À medida que as dificuldades para identificar uma falha são maiores, o risco e as perdas provocadas por esse tipo de ataque são mais expressivos. Esse aspecto mostra como é fundamental investir em segurança da informação de forma estratégica.  

Como evitar um ataque de dia zero

Há diversos procedimentos para evitar que uma organização seja vítima deste tipo de ataque.  

Como primeiro passo, deve-se reduzir o uso de softwares (sistemas operacionais, aplicativos, bancos de dados, etc) apenas àqueles que realmente sejam necessários para a corporação, reduzindo desta forma a superfície de ataque

Outra ação de baixo custo e alto impacto positivo é a definição e implantação de um plano de conscientização que abranja todos os colaboradores da organização, sejam eles funcionários, terceiros ou parceiros. 

Posteriormente, deve-se garantir a atualização periódica dos sistemas operacionais e dos demais softwares, bem como a implantação de um processo completo de Gestão de Vulnerabilidades

Para tratar sistemas legados e aqueles que não podem ter seus sistemas alterados de forma frequente, soluções de blindagem ou pacth virtual ajudam na mitigação do risco. 

Por último, a adoção de firewalls de nova geração, antimalwares avançados, incluindo mecanismos de detecção e resposta, soluções de proteção web e antispam são outras ações essenciais para minimizar os riscos.  

Saiba mais sobre ataque de dia zero com a Future

Para manter as informações devidamente protegidas, a melhor alternativa é contar com um parceiro que ajude a adotar bons procedimentos e soluções avançadas de segurança.  

Por isso, é válido conhecer o trabalho da Future, que, através de sua solução para Gestão de Ameaças, ajuda seus clientes a identificar e responder rapidamente eventuais falhas de segurança, reduzindo bastante a probabilidade de um ataque dia zero. 

Se está em busca de expandir o nível de segurança da informação do seu negócio, entre em contato conosco agora mesmo. Estamos à disposição para te ajudar a conseguir um desempenho cada vez melhor! 

A importância da proteção de ambiente legado

A evolução da área de Tecnologia da Informação é inegável e, em alguns momentos, fica difícil acompanhar todas as mudanças a tempo. Ambientes legados são verdadeiros exemplos desse paradoxo de novo versus antigo. Muitas empresas ainda contam com esse tipo de sistema e, aqui, vamos falar da importância de manter esses ambientes seguros. 

O que são ambientes legados?

O ambiente legado, também conhecido como sistema legado, é uma espécie de jargão de TI e refere-se aos sistemas antigos e que muitas vezes não podem ser alterados por conter dados e informações cruciais para o funcionamento de uma organização. Eles são difíceis de substituir ou modernizar porque os riscos são altos e o investimento necessário para uma modernização muitas vezes é inviável. 

Não é incomum que um ambiente legado seja um sistema grande em tamanho e complexidade, que roda em plataformas obsoletas. E isso faz com que o custo de modernização aumente. 

Para ser caracterizado como um ambiente legado, o sistema precisa ser usado e considerado essencial para o negócio, tornando impossível abandoná-lo, mesmo depois de muito tempo. 

Outro ponto importante é a dificuldade de manutenção desses sistemas, pois muitas vezes, seus desenvolvedores originais já não estão na mesma empresa e é difícil encontrar quem consiga fazer correções.  

Quando manter ou migrar

Apesar de cruciais para seu funcionamento, manter um ambiente legado em uma organização pode ser sinônimo de problemas de segurança, uma vez que sua tecnologia se torna obsoleta e encontra problemas de compatibilidade e estabilidade com tecnologias mais recentes de segurança da informação, além do comum encerramento de suporte para estes sistemas por parte de suas desenvolvedoras, o que impede que eventuais novas falhas descobertas sejam corrigidas. 

Porém, se a opção da empresa é incluir novas tecnologias ou atualizar um ambiente legado, a segurança dos dados fica comprometida por outros fatores, como o risco de perda ou roubo das informações ou também arquivos que podem ser corrompidos durante o processo. 

Muitas vezes, ainda que correndo riscos, é necessário que a transição seja feita, e isso ocorre por diversos motivos: corte de gastos, otimização de processos e para ficar em dia com leis regulatórias. É nessa hora que surge a dúvida de quando é o momento certo para realizar a migração. 

O primeiro fator importante é que a migração não deve ser feita de forma apressada. Como se trata de um sistema que muitas vezes tem um valor inestimável para o negócio, é necessário construir um sólido planejamento, e manter a priorização de regras claras para que não haja impacto nas atividades de rotina. 

A migração do que são chamados de “dados históricos” requer um trabalho minucioso da gestão do projeto, sendo a própria migração mais importante que o sistema novo que pretende substituir o ambiente legado.  

Seja qual for a escolha feita para um ambiente legado, existem riscos tanto em mantê-lo como em realizar a modernização. Em ambos os casos a proteção de dados precisa ser considerada e levada a sério, com uma política rígida de gestão de riscos para proteger as informações da empresa.  

Protegendo os dados no ambiente legado

Quando o assunto é sistema legado, muitas vezes há uma minimização na necessidade de segurança, já que o pensamento é de que aquilo já foi pago e não precisa estar protegido. Além desse descaso, muitas vezes esses ambientes ficam fora do alcance de auditorias. 

Tais descuidos podem acarretar em fraudes e roubos de dados, pois frequentemente os invasores se aproveitam de sistemas vulneráveis que usam tecnologias ultrapassadas. Esses ataques geram perdas financeiras e de informações estratégicas, o que pode abalar a gestão da empresa, sua confiabilidade e a continuidade do negócio. 

Blindagem dos sistemas

Se a corporação decidir manter o ambiente legado por mais tempo, uma opção de segurança é investir em blindagem virtual, também chamada de virtual patching. Esse recurso corrige falhas de vulnerabilidade e pode ser implementado rapidamente. Através de agentes virtuais instalados nos computadores, é possível examinar a comunicação entre as máquinas e detectar anormalidades facilmente. 

Autenticação multifator

Essa ferramenta oferece uma possibilidade extra de bloqueio de invasores em redes ou sistemas. Através da solicitação tradicional de usuário e senha, o usuário precisa confirmar sua identidade duas vezes e, com isso, um ciberataque perderia força ao ter que lidar com mais barreiras no acesso. 

Gestão de acessos

Usar essa tecnologia possibilita a restrição do acesso de usuários através de parâmetros. Assim, colaboradores de diferentes patamares na hierarquia têm acesso somente às informações que precisam e os dados da organização não ficam expostos para todo usuário do sistema. 

Serviços gerenciados de segurança

Também conhecido como MSS, esse tipo de serviço garante a configuração dos sistemas de acordo com as melhores práticas de mercado e a identificar falhas e ameaças. Se algo fora do comum é detectado, acaba bloqueado no mesmo momento em que se manifesta.  

Um Serviço Gerenciado de Segurança pode ser guiado pela equipe interna da empresa ou por parceiros especializados em Segurança da Informação. 

A Future te auxilia na proteção de ambiente legado

Ao saber da importância em manter um ambiente legado seguro, fica difícil não pensar em soluções imediatas para esse problema. A Future, com seu centro avançado de inteligência, o SIC (Security Intelligence Center), investe constantemente em tecnologia e em profissionais especializados. 

Tudo isso é feito pensando na ação proativa que antecipa ameaças e age de forma preventiva antes mesmo que os ambientes sejam invadidos. Toda a infraestrutura é elaborada para que o monitoramento seja feito de forma constante, sem interrupções.  

Future está aberta para esclarecer todas as suas dúvidas e evidenciar todas as funcionalidades do SIC. Nosso time é altamente capacitado e certificado em gestão e segurança.  

Contate um dos nossos especialistas e descubra tudo que a Future pode oferecer para a sua empresa proteger o ambiente legado da melhor maneira possível. 

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